Rivalidade é sempre a palavra de ordem quando se trata de Brasil x Argentina. Porém, a implicância entre os vizinhos, evidente no futebol e até no âmbito social, é quase imperceptível quando o assunto é vôlei. Adversárias na estreia da fase final da Liga Mundial, as seleções se divertem com a disputa saudável e entram em quadra nesta quarta-feira, às 21h (de Brasília), em Córdoba. A partida terá transmissão ao vivo do SporTV.
O Brasil busca o nono título da Liga. Na quinta-feira, a equipe do técnico Bernardinho enfrenta a Sérvia, no mesmo horário. As semifinais serão no sábado, e a decisão está marcada para domingo.
- Aqui não existe muito essa rivalidade. Eles não enxergam a gente com ódio, como acontece no futebol. Mas claro que não querem perder - afirmou o ponteiro brasileiro Dante.
Recuperado de uma bursite no ombro direito, Giba deve começar o jogo no banco. O capitão, porém, não quis perder a brincadeira e alfinetou o comandante do time argentino, Carlos Weber. Para ele, os hermanos devem apresentar alguma "arma secreta".
- Conhecendo o Weber como conheço, os argentinos devem estar preparando alguma coisa para nós - disse Giba.
Do outro lado, Weber abusa da experiência para falar sobre a primeira partida em Córdoba. Ex-jogador de equipes da região sul do Brasil por dez anos (1995 a 2005), o técnico conhece bem o time adversário. Por isso, preferiu apenas elogiar a equipe octacampeã da Liga Mundial.
- O Brasil é o melhor time do mundo. Sempre tem jogadores que podem fazer a diferença. Para a Argentina, será um prova importante dentro do nosso objetivo: manter o ritmo de jogo todo o tempo. Do primeiro ao último minuto. Este é o nosso desafio - garantiu Weber, que integrou a seleção de seu país na conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Seul/1988.
Para vencer os favoritos, o treinador argentino conta com a ajuda de um espião, já que o preparador físico da Argentina é brasileiro. Prova de que a rivalidade entre os dois países é quase nula no vôlei, Ronaldo Finotti concluiu o clima de espírito esportivo do duelo.
- Não tem nada de rivalidade. Isso é muito mais de fora do que de dentro. É social. Existe até uma certa admiração – explicou o preparador, que trabalha com Weber há dez anos.
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